O Abraço das Costelas
❤️ Abraça-me, pediu
Os suaves pingos da chuva envolvem o seu corpo
As costelas, os dedos carinhosos que abraçam com ternura o pulmões
Que seguram o ritmo do coração
Que amparam os delicados tecidos e finas membranas
A caixa torácica que abraça a valiosa sensibilidade.
Abraça-me outra vez
Sentindo uma chuva suave e quente no peito, nos braços e no colo
Abrimos neste abraço
Respiramos profundamente
É aqui que respiramos vento
É por aqui que passa a água do mundo
É aqui que reside a intimidade
Abraça-me simplesmente
Enquanto a chuva suave escorre pela pele até ao chão
E os longos e flutuantes ossos das costelas se movem ao ritmo do ar dentro
Vibram com o pulsar do coração
Expandem e contraem
Dentro e fora
Que me abraces
Que nos abracemos
Peito com peito
Peito com chão
Peito e constelação
Peito e Mundo
Bravamente ❤️
🌳 Estes vários livros são como vários territórios, lugares diferentes de resgate da polimorfa Imanência.
Peregrinações caleidoscópicas em profundidade, às raízes da identidade moderna, em todos os seus preconceitos, intrínseca violência e absurdas limitações. Diferentes jornadas de amor pela poesia da complexidade, da diversidade e da metamorfose. Tecelagens de histórias vivas que nos recordam do que esquecemos, da sacralidade do chão e da Vida. Complementos ao vício da transcendência, em rigor e responsabilidade.